Esse é um post feito pelo @dannrocha, pedagogo, maluco, amigo meu… sobre a vida da Marina Silva, acompanhem.
Muitas vezes você já deve ter ouvido falar que a arte imita a vida, ou vice-versa. A biografia da ex-ministra e senadora Marina Silva poderia ter sido imaginada por um roteirista de cinema, com passagens que incluem o serviço doméstico, o corte de seringa e o comando de um Ministério.
Maria Osmarina Marina Silva Vaz de Lima nasceu em 08/02/1958, no Acre, em uma colocação de seringa chamada Breu Velho, no Seringal Bagaço, 70 quilômetros de Rio Branco. Segunda mais velha de uma família de oito filhos, para ajudar a pagar uma dívida contraída pelo pai, ela e as irmãs cortaram seringa, plantaram, caçaram e pescaram.
Sem escolas para frequentar, Marina, aos 14 anos de idade, aprendeu a ver as horas no relógio e a fazer as quatro operações básicas da matemática. Estudou no Mobral (Movimento Brasileiro de Alfabetização), fez o curso de Educação Integrada, onde aprendeu a ler e a escrever, fez supletivo de 1º e de 2º grau.
Sonhava em ser freira até começar a frequentar reuniões das Comunidades Eclesiais de Base e aproximar-se de grupos de teatro amador. Foi aí que Marina ingressou na vida política dos movimentos sociais, mas ainda apartidária.
Perdeu a mãe aos 15 anos e teve de assumir a chefia da casa e a criação dos irmãos, já que a mais velha já tinha casado. Aos 16, teve uma hepatite que a levou a conhecer a vida urbana, saiu então da região de seringal onde vivia e passou a viver na cidade, onde trabalhou como empregada doméstica.
Aos 20 anos, teve uma nova hepatite que a levou a São Paulo em busca do tratamento. Ao retornar, ingressou na universidade, onde descobriu o marxismo e cursou história. Neste período, durante a ditadura militar, passou a atuar em grupos políticos semi-clandestinos.
A vida política de Marina Silva começou em 1984, quando fundou a CUT no Acre, junto com Chico Mendes. Ele foi coordenador, ela, vice. Marina filiou-se ao PT em 1985, e, em 1986, candidatou-se a deputada federal. Em 1988, foi eleita vereadora.
Em 1990, deputada estadual, com a maior votação do estado. Nesta época Marina passou mal em uma viagem ao interior do Acre. Ela teve de ser trazida rapidamente para a capital e ficou internada em um hospital com estado de saúde grave. Depois de meses de exames no Brasil e no exterior, descobriu tratar-se de uma contaminação por metais pesados, decorrente, provavelmente, de tratamentos contra a leishmaniose, quando ainda vivia no seringal.
Em fevereiro de 1995, iniciou seu primeiro mandato de senadora, aos 36 anos, pelo PT, como representante do Acre. Em 2002 foi reeleita. Em 2003, Marina assumiu o cargo de ministra do Meio Ambiente primeira gestão do governo Lula. Ela foi convidada para continuar na equipe do segundo mandato, onde ficou até 2008.
Marina casou-se duas vezes e é mãe de quatro filhos – Shalom, Danillo, Moara e Mayara.