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Channel: E esse tal Meio Ambiente? » Marina Silva
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SWU 2011 – Começa com quem?

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O SWU, ao contrário do que muita gente pensa e comenta, não é apenas um festival de música, é muito mais que isso. É um movimento cultural em prol da disseminação da sustentabilidade, unindo música e arte.

Em sua segunda edição, muita coisa ainda precisa melhorar para que seu lema seja condizente com o que é visto in loco; e ao contrário do que eu imaginava, alguns problemas continuaram os mesmos. Apesar da quantidade de lixeiras terem sido aumentadas, a consciência das pessoas não mudou, e a lixeira mais próxima continuou sendo o chão. Os preços das bebidas diminuíram, a cerveja que custava R$ 7,00 no ano passado, estava R$ 1,00 mais barata esse ano; a garrafinha de água, manteve o preço, mas se ano passado elas eram de 400 ml, esse ano elas passaram a ser de 500 ml.

Entretanto, a questão não foram os preços, pois estavam na faixa média que todos esperavam. O problema estava na utilização dos copos plásticos. Água e cerveja deveriam ser transferidas para um copo descartável de 500 ou 700 ml, e isso ocorria a cada vez que você ia comprar alguma bebida no bar, pois eles já deixavam os copos prontos em cima de uma mesa (para agilizar o serviço), e se você levasse o seu copo descartável e pedisse para eles o encherem, negando o copo que já estava pronto, você era questionado e era necessário insistir e aturar a cara feia dos atendentes. Com os ‘ambulantes’ o processo era mais fácil, pois eles não andavam com os copos prontos, mas o preço era diferente, e se igualava ao R$ 7,00 (lata de cerveja) do ano passado.

Uma solução seria a reutilização desse copo durante o evento, já que por questões de segurança, canecas acrílicas ou de alumínio não entravam. Quem reutilizasse o copo, deveria ganhar um bônus, que poderia ser trocado por produtos ou até mesmo novas fichas de bebidas/comida.

A criação da praça de alimentação vegetariana foi um ponto positivo este ano. No ano passado, nas praças de alimentação, já haviam lanchonetes vegetarianas, mas eram no mesmo espaço dominado pelo churrasquinho, x-bacon, hot-dog. A exclusividade de uma praça de alimentação vegetariana, mostrou para muitas pessoas que é possível comer bem, sem precisar, necessariamente, de carne. Alguns, nem notaram que era uma praça de alimentação vegetariana, pois tenho certeza que muita gente que ali estava, não era vegetariana. E olha que sempre que ia pra lá, ela estava lotada. Destaque também para os alimentos orgânicos, livres dos agrotóxicos, que figuram entre maiores poluentes do solo e corpos d’água.

Quanto aos shows, minha única reclamação foi em relação à distância dos palcos principais (Energia e Consciência), do palco New Stage e do Greenspace Tenda Heineken. Foi difícil acompanhar tudo o que eu queria, até porque, alguns shows eram no mesmo horário.

A chuva substituiu o frio do ano passado, entretanto os postos médicos não ficaram lotados, como em 2010 (quando muita gente teve hipotermia). Capas de chuva descartáveis lotaram os lixos da rodoviária de Paulínia, e foi lá que consegui uma capa para poder voltar ao camping e buscar nossa barraca, pois nosso excesso de bagagem não nos permitiu apenas uma viagem. A chuva também carregou muito lixo para os bueiros, ocultando, em parte, a imensa quantidade de lixo que estava na rua.

Esse ano, tive a oportunidade de participar do II Fórum Global de Sustentabilidade, com nomes como Marina Silva, Neil Young, Bob Geldof, Céline Cousteau, Fábio Feldmann, Marcelo Furtado, Mário Mantovani, José Eli da Veiga, Daryl Hanna, The Voice Project, Rigoberta Menchú, Solaraid, entre outros nomes de peso da luta pelo meio ambiente.

Em um outro post falarei sobre o II Fórum Global de Sustentabilidade e sobre a área de camping.

Bom, pelo que vi esse ano, ainda há muita coisa a ser desenvolvida para que o SWU seja condizente com a comunicação que faz de levar sustentabilidade às pessoas. Por outro lado, o lema do SWU é o “diferencial”, levando as pessoas a questionar até que ponto há sustentabilidade em certas atitudes – incluindo aí o próprio evento. Creio que isso é bom, pois leva o ser humano, um crítico por natureza, a refletir.

Espero que nos próximos anos a galera passe a utilizar os latões de lixo e pare de só criticar o evento. Não é boicotando o SWU que encontraremos soluções, é mostrando alternativas viáveis aos organizadores e reivindicando resultados.

Peguei o contato de uma assessora do SWU e mandarei um e-mail comentando sobre o que pode ser mudado, os pontos positivos, os pontos negativos, etc. Se alguém tiver alguma ideia, favor comentar que acrescentarei ao e-mail.

Valeu!!! Abraços


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